Como a IA e a gamificação estão redefinindo a retenção de jogadores no mercado regulado de iGaming no Brasil no BiS SiGMA Americas
Friday 11 de April 2025 / 12:00
2 minutos de lectura
(São Paulo).- À medida que o cenário de iGaming no Brasil segue evoluindo dentro de estruturas regulatórias cada vez mais rígidas, o foco do setor está se deslocando de táticas imediatistas de aquisição para modelos sustentáveis de retenção.

Durante o painel “Além dos bônus: estratégias de IA e gamificação para retenção sustentável no Brasil”, realizado no BiS SiGMA Américas 2025, líderes do setor discutiram como tecnologias emergentes estão transformando a forma de engajamento com os jogadores e redefinindo os limites da conformidade.
Com apoio da Fast Track, o painel reuniu algumas das principais figuras da América Latina nas áreas de jogos e estratégia regulatória, cada uma trazendo uma perspectiva única à conversa. Entre os participantes estavam Helena do Couto, Diretora Jurídica Regional da Eeze para a América Latina; Muriel Le Senechal, Gerente Comercial Regional da Fast Track para LATAM; Beatriz Melges, Diretora Regional da SoftConstruct no Brasil; e João Alves, Diretor de Marketing da NossaBet.
A discussão começou com um consenso claro: mecanismos tradicionais de retenção, como bônus de boas-vindas e promoções de cashback, já não funcionam com a mesma eficácia no mercado brasileiro, que está em plena maturação. Com o cerco regulatório se fechando, as operadoras precisam adotar estratégias que equilibrem engajamento personalizado com os princípios do jogo responsável. O setor, ao que tudo indica, precisa superar os tradicionais “remendos rápidos” e abraçar modelos mais sustentáveis e conscientes.
IA como base para estratégias centradas no jogador
Muriel Le Senechal, da Fast Track, destacou o papel essencial da inteligência artificial na construção de infraestruturas de engajamento ágeis e em tempo real. Segundo ela, a IA permite às operadoras compreenderem o comportamento do usuário em detalhes, oferecendo experiências personalizadas que acompanham a jornada do jogador, em vez de interrompê-la. Ao utilizar segmentação baseada em IA e análises preditivas, é possível antecipar comportamentos de risco e quedas no engajamento, reduzindo a rotatividade sem ultrapassar os limites regulatórios. Essa abordagem tecnológica abre caminho para estratégias de engajamento mais eficazes, alinhadas tanto aos objetivos comerciais quanto às exigências legais.
Gamificação para promover valor de longo prazo
Do ponto de vista das operadoras, João Alves, da NossaBet, ressaltou a crescente importância de ambientes gamificados como ferramentas para gerar lealdade. Ele explicou que gamificação não se resume à adição de elementos superficiais para entreter, mas sim à criação de valor em cada interação com o usuário. Recursos como trilhas de progressão, conquistas e sistemas de recompensas ajudam a construir uma comunidade em torno da plataforma — e não apenas uma relação transacional. Para Alves, a gamificação, quando bem aplicada, favorece o engajamento de longo prazo, transformando jogadores ocasionais em defensores fiéis da marca, sem depender exclusivamente de bônus.
Beatriz Melges, da SoftConstruct, comentou como a gamificação pode transformar a experiência do jogador ao adicionar camadas de interatividade e desafios envolventes. Essa abordagem, segundo ela, permite que as plataformas ultrapassem as mecânicas básicas de jogo e se tornem verdadeiros centros de entretenimento imersivo. Ao oferecer uma vivência mais atrativa e recompensadora, a gamificação fortalece a conexão emocional com os usuários e estimula uma interação mais contínua — tudo isso promovendo práticas de jogo responsável. Para Melges, esse engajamento mais profundo é essencial para fomentar a fidelização e garantir uma relação duradoura e significativa entre jogador e operadora.
Conformidade como impulsionador da inovação
Helena do Couto, Diretora Jurídica Regional da Eeze para a América Latina, trouxe um alerta importante sobre a necessidade de alinhar inovação e conformidade. Embora o ambiente legal no Brasil esteja em constante transformação, do Couto enfatizou que as operadoras devem priorizar a aderência regulatória para proteger tanto os seus negócios quanto os seus usuários. Em vez de enxergar a regulação como um entrave, ela sugeriu que ela seja vista como uma oportunidade para inovar com inteligência. Ao integrar IA e gamificação dentro de um arcabouço de conformidade, as empresas podem oferecer experiências mais éticas, transparentes e sofisticadas — capazes de atender às normas e, ao mesmo tempo, manter o engajamento a longo prazo. As observações de do Couto reforçaram a importância de equilibrar inovação e responsabilidade, garantindo que as novas estratégias sejam eficazes e legalmente sustentáveis.
Do incentivo à inteligência
O painel se encerrou com uma mensagem contundente: a era dos bônus genéricos está ficando para trás, e o futuro da retenção está em modelos mais inteligentes e sustentáveis. A transição para insights baseados em IA e experiências gamificadas representa um novo paradigma no engajamento com jogadores — um que combina tecnologia e responsabilidade. À medida que a regulamentação brasileira se consolida, as operadoras que souberem se adaptar a esse novo cenário estarão mais bem posicionadas para construir relações duradouras com seus usuários. Em um mercado onde a sustentabilidade se sobrepõe à escalabilidade, a IA e a gamificação oferecem as ferramentas necessárias para criar conexões duradouras e relevantes tanto para os jogadores quanto para os reguladores.
No Brasil, é fundamental que as operadoras entendam que o futuro do iGaming não está mais em incentivos temporários, mas na construção de estratégias inteligentes, centradas no jogador e que agreguem valor real. Com o apoio da inteligência artificial e da gamificação, o setor pode navegar pelas complexidades regulatórias sem abrir mão de oferecer experiências que sejam ao mesmo tempo emocionantes e responsáveis. À medida que a indústria de iGaming continua a evoluir, quem abraçar essas novas abordagens estará à frente na construção de um futuro mais sustentável, inovador e em total conformidade com a legislação.
Não perca painéis como esse — acompanhe a programação completa da conferência!
Categoría:Events
Tags: SiGMA AMERICAS,
País: Brazil
Región: South America
Event
Peru Gaming Show 2025
18 de June 2025
A Belatra agitou o cenário de iGaming do Peru na PGS 2025 com caça-níqueis de inspiração local e planos estratégicos de expansão
(Lima, Exclusivo SoloAzar).- Na Peru Gaming Show 2025, Kateryna Goi, CMO da Belatra, revelou a vibrante estreia da marca no próspero mercado de iGaming da América Latina. Desde imersivos caça-níqueis com tema andino e um estande de demonstração movimentado até parcerias estratégicas e metas ambiciosas de crescimento, a Belatra causou impacto em Lima. Sua presença foi mais do que promocional - ela marcou o início de uma integração cultural e comercial mais profunda com a apaixonada base de jogadores do Peru.
O MINCETUR destaca o forte desempenho do jogo regulamentado no Peru, com mais de 20.000 procedimentos gerenciados
(Lima, Exclusivo SoloAzar).- No relatório anual da Direção Geral de Jogos de Cassino e Caça-níqueis, o diretor geral Yuri Guerra Padilla enfatizou os esforços de colaboração entre o governo e o setor privado para fortalecer a indústria de jogos do Peru. Com números recordes, progresso administrativo e uma abordagem educacional, o órgão regulador reafirma seu compromisso com a legalidade e a modernização.
Enrique Jütten de Innovative Technology, destaca o sucesso da empresa na Peru Gaming Show 2025
(Lima, Exclusivo SoloAzar).- Enrique Jütten, vice-presidente de vendas e desenvolvimento de negócios GAV da Innovative Technology, compartilha detalhes da última edição da Peru Gaming Show, enfatizando a importância do mercado latino-americano e a resposta positiva às suas soluções tecnológicas.
SUSCRIBIRSE
Para suscribirse a nuestro newsletter, complete sus datos
Reciba todo el contenido más reciente en su correo electrónico varias veces al mes.